“A pesquisa do Google mudará profundamente em 2025”, ao menos, é o que disse o CEO da empresa, Sundar Pichai em entrevista o Deal Book Summit, evento organizado pelo New York Times. No entanto, ainda que tenha dado indícios sobre as alterações na busca, Pichai não deu detalhes efetivos sobre quais serão as mudanças.
Porém, especialistas e sites especializados indicaram que o Google Search passe contar com um sistema integrado para respostas por inteligência artificial. Na prática, se isso acontecer, será possível estabelecer um diálogo com o buscador, ao invés de receber apenas uma lista pronta de links.
Nos últimos anos, o Google tem investido e adotado sistemas de inteligência artificial em seus produtos. O surgimento do Google Gemini, resumos de pesquisa na SERP e atualizações do Lens, evidenciam que o principal mecanismo de busca segue na competição para liderar o segmento de inteligência artificial.
Por outro lado, ainda que essas mudanças sejam relevantes para a companhia, os produtores de conteúdo e profissionais de SEO devem prestar atenção a essas mudanças. Afinal, quando forem aplicadas, irão impactar diretamente o modo como usuário se relaciona com os resultados da pesquisa.
Com objetivo de ajudar você a entender como a pesquisa do Google mudará profundamente em 2025 e seus impactos no SEO, nós, da Opti, preparamos este conteúdo completo. Então, se você quer saber mais sobre o tema, siga conosco até o final. Boa leitura.
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“A pesquisa do Google mudará profundamente em 2025”, afirma o CEO da empresa
Durante o evento DealBook Summit do New York Times, realizado no início de dezembro de 2024, o CEO da Google, o indiano Sundar Pichai disse que a pesquisa do Google mudará profundamente em 2025. Segundo a declaração:
“Quando olho para o que está por vir, estamos nos estágios iniciais de uma mudança profunda. Eu só acho que há muita inovação pela frente. […] Você ficará surpreso, mesmo no início de 2025, com o tipo de coisas novas que o Search pode fazer em comparação com o que acontece hoje. Acho que poderemos lidar com questões mais complexas do que nunca”.
O líder da empresa não forneceu detalhes a respeito de quais serão essas mudanças. Mas, recentes atualizações, como o lançamento do Google Gemini 2.0, indicam que essas alterações podem estar relacionadas a incorporação de sistemas de inteligência artificial.
E ainda que informações precisas não tenham sido divulgadas, o site 9to5Google, destinado a informações sobre o buscador, descobriu um código interno que permitirá ao usuário ter conversas interativas com o buscador.
Então, se a descoberta do 9to5Google se confirmar, basicamente, você poderá responder aquilo que o Google Search apresentar como resposta. No lugar de somente de receber uma lista de links, poderá questionar sobre os resultados.
Como foi mencionado, essa não é uma informação da própria Google, é um anúncio feito por portal que não está ligado a empresa.
Porém, é um fato que, cada dia mais, existem sistemas de IA nos serviços da companhia. Isso fica evidente na adoção de resumos de pesquisa feitos por inteligência artificial (Search Generative Experience) e pela atualização do Lens, que permite consultas a partir de um vídeo.
Confira a entrevista completa do CEO da Google:
Razões para mudança na pesquisa Google em 2025
O Google está prestes a realizar mudanças significativas em seu mecanismo de busca, e os motivos para essa transformação são claros: mudança no comportamento do usuário.
Desde o lançamento do ChatGPT, pela OpenAI, a hegemonia do maior buscador do planeta tem sido desafiada. Ainda que a Google tenha seu chatbot (Gemini), a adoção ao ChatGPT é superior, já que é mais antiga do que o Gemini.
Outro fator nessa discussão é o lançamento do Search GPT — ferramenta da OpenAI que combina a linguagem natural do ChatGPT com a busca em tempo real na web — o qual pode representar uma ameaça ao modelo de publicidade do Google, como apontam antigos líderes do Chrome.
Além do ChatGPT, surgiram outros concorrentes que desafiam a dominância do Google. A Perplexity AI, por exemplo, ganhou relevância durante as eleições americanas por oferecer dados e notícias em tempo real.
Inclusive, redes sociais, como o TikTok, estão se consolidando como motor de busca. Essa mudança ocorre entre os mais jovens, que encontram respostas rápidas e práticas na plataforma.
Tudo isso ocorre em um momento em que a empresa enfrenta problemas legais nos EUA. Em agosto de 2024, um juiz considerou que o Google violou leis anti truste nos Estados Unidos. Em razão disso, a empresa será obrigada a compartilhar dados e informações sobre seus algoritmos com concorrentes, o que pode abrir brechas para aumentar a concorrência e levar ao surgimento de novos mecanismos de busca.
Diante desse cenário de concorrência intensa e desafios regulatórios, a pesquisa do Google mudará profundamente em 2025.
O Google Search vai acabar?
Com o surgimento e a popularização de diversos mecanismos de inteligência artificial, a pergunta: “o Google vai acabar?” se tornou constante.
Autores já mencionaram que o negócio principal do buscador está sob ataque, porque as pessoas estão obtendo respostas de IA e usando outras plataformas para obter respostas.
Neste sentido, ao ser questionado sobre o fim da pesquisa do Google, o CEO da companhia respondeu ser justamente em um cenário no qual a Internet é inundada com conteúdo inautêntico que a busca se torna ainda mais valiosa:
“Em um mundo em que você é inundado com conteúdo, você está tentando encontrar conteúdo confiável, conteúdo que faça sentido para você de uma forma que você possa usar de maneira confiável, eu acho que se torna mais valioso.”
Pichai ainda disse que as pessoas consomem informações de diferentes maneiras, e, é um pensamento limitado considerar que existe apenas uma forma de realizar busca online:
“Muitos veem a informação de forma limitada, como se houvesse uma quantidade fixa que as pessoas dividem entre si. Mas a realidade é que as pessoas consomem informação de diversas formas e em quantidades variadas.”
Diante dessas declarações podemos entender que o Google não pretende acabar com o Search, mas, deve realizar melhorias e investir na disponibilidade de IA para adequar a ferramenta ao novo comportamento do usuário.
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Como as mudanças da pesquisa Google impactam o SEO?
Durante a entrevista para o New York Times, Pichai argumentou que o Google se preocupa com o tráfego que envia para os sites, mas sua resposta foi vaga e especialistas não consideraram que seus argumentos foram válidos.
Neste contexto, ele evitou falar sobre a priorização de conteúdos do Reddit e o excesso de anúncios nos resultados de busca, além da queda no tráfego para sites jornalísticos.
E quando ficou sem argumentos, desviou o assunto para o YouTube e o Content ID, um sistema que protege grandes empresas de mídia. Porém, a resposta de Pichai não contemplou os escritores e especialistas que produzem conteúdo online.
Mas, na prática, o que isso significa para quem trabalha com SEO?
Com as mudanças no Google, fica cada vez mais difícil para sites e blogs conquistarem visibilidade. As respostas diretas nos resultados de busca reduzem o clique para páginas externas, e a tendência é que o Google segure o usuário dentro do seu próprio ecossistema.
Diante desse cenário, quem cria conteúdo precisa repensar estratégias. Construir autoridade, focar no engajamento e explorar outros formatos de mídia, como vídeos e conteúdos interativos.
Em resumo, o desafio do SEO agora não é só ser encontrado no Google, mas garantir que seu conteúdo continue relevante e recompensado. Isso em um ambiente onde o buscador quer ser mais do que um intermediário — ele quer ser a própria resposta.
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